Faltou-me a respiração. Não sabia se haveria de responder ou calar-me. Optei por responder. Quando tu me disseste quem eras nem queria acreditar. Pareceu ser tudo surreal. Ao fim de tantos anos apareceste assim sem mais nem menos? Onde estiveste? Esqueceste que eu existia e que talvez tivesse sofrido estes anos todos pela tua ausência? És egoísta. Só pensas em ti. Tu não podes fazer isto, não podes. Como pensas que me estou a sentir agora? Mal. Muito mal. Não sei se consigo enfrentar tudo isto, novamente. É demais para mim. Só que, por outro lado, passei grande parte da minha vida à espera disto. É tão difícil. Bolas, pelo menos poderias ter esperado por uma altura mais assentada. Uma altura em que a minha cabeça estivesse mais arrumada, mais organizada. Podias. E agora? Não sei o que fazer. Não posso contar com a ajuda de ninguém. Não posso falar disto a ninguém. Sabes bem o que poderia acontecer. Tenho medo... não sei o que fazer. Por um lado, quero estar contigo, quero ver-te, quero falar mais contigo, quero perceber o que aconteceu. Por outro, não posso, sabes que não posso. Não que eu não queira, mas porque não me permitem. Existem regras. Devias saber. Mas, sabes o que mais me magoou? Tu teres-me dito que já estás a algum tempo aqui ao meu lado, que vens frequentemente pescar para o rio Douro e nem sequer tiveste a dignidade de vir ter comigo. Tinhas vergonha? E agora, perdeste-a? Devias de a ter, ainda. Não, não, não. Porra!! Que estou eu para aqui a dizer? Eu sinto saudades. Mas, podias ter vindo mais cedo. Como me encontraste? Como soubeste o meu número de telemóvel? Conta-me. Vá lá. Vou-te dizer uma coisa. Depois de me teres desligado o telemóvel, fui "dormir" (eles estranharam, claro. Era ainda cedo, para quem está de férias). Quando me deitei, não adormeci logo. Senti-me mal. Chorei. Chorei muito. Chorei como se não houvesse amanhã. Mas, baixinho. Ninguém me poderia ver. Ninguém podia perceber. Eram hoje 06:00 quando acordei. Não consegui dormir mais. Continuei a ler o meu livro... mas rapidamente parei. Vim ao blog. Fui ver os outros blogs. E o meu. Comecei a escrever. E aqui me encontro eu. A escrever para ti. Não é a primeira vez. Desde que te foste embora que escrevo corriqueiramente. Faz-me bem. Fico à espera de outra chamada tua. Meu Deus, será que isto está correcto? E se eu estiver a agir mal? Preciso de ajuda. Não sei se consigo sozinha. Voltar às minhas origens não. Isso eu não quero. Pater.
*Pater*
Faltou-me a respiração. Não sabia se haveria de responder ou calar-me. Optei por responder. Quando tu me disseste quem eras nem queria acreditar. Pareceu ser tudo surreal. Ao fim de tantos anos apareceste assim sem mais nem menos? Onde estiveste? Esqueceste que eu existia e que talvez tivesse sofrido estes anos todos pela tua ausência? És egoísta. Só pensas em ti. Tu não podes fazer isto, não podes. Como pensas que me estou a sentir agora? Mal. Muito mal. Não sei se consigo enfrentar tudo isto, novamente. É demais para mim. Só que, por outro lado, passei grande parte da minha vida à espera disto. É tão difícil. Bolas, pelo menos poderias ter esperado por uma altura mais assentada. Uma altura em que a minha cabeça estivesse mais arrumada, mais organizada. Podias. E agora? Não sei o que fazer. Não posso contar com a ajuda de ninguém. Não posso falar disto a ninguém. Sabes bem o que poderia acontecer. Tenho medo... não sei o que fazer. Por um lado, quero estar contigo, quero ver-te, quero falar mais contigo, quero perceber o que aconteceu. Por outro, não posso, sabes que não posso. Não que eu não queira, mas porque não me permitem. Existem regras. Devias saber. Mas, sabes o que mais me magoou? Tu teres-me dito que já estás a algum tempo aqui ao meu lado, que vens frequentemente pescar para o rio Douro e nem sequer tiveste a dignidade de vir ter comigo. Tinhas vergonha? E agora, perdeste-a? Devias de a ter, ainda. Não, não, não. Porra!! Que estou eu para aqui a dizer? Eu sinto saudades. Mas, podias ter vindo mais cedo. Como me encontraste? Como soubeste o meu número de telemóvel? Conta-me. Vá lá. Vou-te dizer uma coisa. Depois de me teres desligado o telemóvel, fui "dormir" (eles estranharam, claro. Era ainda cedo, para quem está de férias). Quando me deitei, não adormeci logo. Senti-me mal. Chorei. Chorei muito. Chorei como se não houvesse amanhã. Mas, baixinho. Ninguém me poderia ver. Ninguém podia perceber. Eram hoje 06:00 quando acordei. Não consegui dormir mais. Continuei a ler o meu livro... mas rapidamente parei. Vim ao blog. Fui ver os outros blogs. E o meu. Comecei a escrever. E aqui me encontro eu. A escrever para ti. Não é a primeira vez. Desde que te foste embora que escrevo corriqueiramente. Faz-me bem. Fico à espera de outra chamada tua. Meu Deus, será que isto está correcto? E se eu estiver a agir mal? Preciso de ajuda. Não sei se consigo sozinha. Voltar às minhas origens não. Isso eu não quero. Pater.
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pater?
ResponderEliminarwe need to talk.
não esperes demasiado, podes magoar-te.